De marqueteiro a empresário espiritualizado

De marqueteiro a empresário espiritualizado, como alinhei paixão, profissão, vocação e missão

De marqueteiro a empresário espiritualizado, como alinhei paixão, profissão, vocação e missão

Vamos brincar de mentoring on-line? Muito se fala em propósito, virou moda. E daí as pessoas me dizem: “Pozati, me ajuda! eu não sei a que vim nesse mundo? Nem era pra eu ter nascido neste planeta, eu acho que caí aqui de paraquedas…”.

Primeiro mito: Você não tem UM propósito na vida. Você tem VÁRIOS! 

Temos habilidades latentes, que se encontram com causas, missões e projetos. É nesse encontro que somos convidados a realizar nossos potenciais. Algumas coisas eu já aprendi nesse caminho e vou compartilhar.

Quer saber como eu passei de marqueteiro a empresário espiritualizado? 

A verdade é que fiz essa transição muito empiricamente, seguindo a intuição e as dicas da espiritualidade. Primeiro fiz, depois apliquei a ferramenta do Ikigai (conceito japonês que, conforme o neurocientista Ken Mogi, pode ser traduzido como “a sua razão de viver”). 

Vou trazer quatro pontos que foram importantes para mim:
  1. Paixão!
    Paixão é o primeiro sinal que você precisa observar, pois ela aponta para o seu propósito. Eu tenho paixão por comunicação desde que me entendo por gente. E como identificar isso? É algo que você se diverte fazendo!  A paixão também é um indicativo de que você se encontra no fluxo, pois o próprio amor que aporta ao fazer te coloca em sintonia com o universo.

  2. Profissão/Capacitação 
    Todos temos a habilidade inata de desenvolver capacidades. Profissão não é apenas o emprego, mas a sua capacidade de produzir positivamente em uma área. Voltando para minha história, eu sempre gostei de comunicação, mas fui buscar a formação: fiz colégio técnico em Publicidade e Propaganda; Graduação em Marketing; pós-graduação em Estratégia Militar para Gestão de Negócios. Quando a pessoa fica só na paixão e não busca a habilitação profissional, é fantasia!

  3. Vocação
    Quando você começa a triangular a paixão, a profissão e locais onde pode exercer sua capacidade técnica, você tem a Vocação!  Vocação é aquela coisa que você olha e diz: é isso que eu quero fazer porque eu amo e tenho habilitação para tal.

  4. Missão
    Aquilo que sou apaixonado, tenho habilitação, reconheço como minha vocação, mas…Isso é útil para o mundo? Aqui você começa a conectar com a missão. Existe uma fluência entre esses quatro pontos: paixão, profissão, vocação e missão.

Porque se você ficar só “na brisa”  sobre o que fazer pelo mundo, não é prático, não está ancorado. Eu tinha paixão atuando como publicitário e marqueteiro, além de capacitação e vocação! Mas eu sempre me perguntava: será que é isso que tenho que fazer? Estou sendo útil? Isso está me preenchendo por dentro? Estou 100% certo de que isso vai ajudar o mundo? Esses questionamentos começam a te levar para a missão.

É no equilíbrio que você encontra o que faz valer a pena levantar todo dia da cama 

No meu caso, sempre fui espiritualista e “buscador” no pano de fundo. Mas vivia aquele paradigma de que espiritualidade é algo que se faz na igreja para dar noção de código de conduta; e que profissão é profissão, outro departamento, para ganhar dinheiro. Eu não misturava as coisas. Quando, na verdade, o senso de plenitude vem quando você começa a entrelaçar isso e há um perfeito encadeamento entre Paixão, Profissão, Vocação e Missão. 

Uma Data Limite na carreira de Marqueteiro

Na minha história precisei viver um período de ateísmo, uma desintoxicação, porque tinha uma noção espiritual muito atrelada à religiosidade. Até que um dia, na minha profissão, “esbarrei” com o Projeto Data Limite (documentário e livro). E comecei a observar evidências de que a espiritualização do ser humano não tem, necessariamente, a ver com religião. 

Espiritualidade tem valores como fraternidade, justiça, compaixão, liberdade… que pautam a nossa conduta. Mas tem outro aspecto, tão importante quanto, que é o fenômeno. Existe uma expressão física, objetiva, tangível: alguém está recebendo uma mensagem, uma canalização, tem alteração nos batimentos cardíacos, no magnetismo do ambiente…é um fenômeno físico, não é invisível. 

Essa espiritualidade começou a entrar na minha vida e eu vi que não precisava de médium, padre ou pastor! Está tudo aqui. Eu até posso escolher praticar uma religião, e isso é bacana. 

Mas a espiritualidade não é propriedade da religião! 

A espiritualidade é um aspecto intrínseco ao ser humano. Você é um ser espiritual quando estuda, passeia com o cachorro, quando faz reunião de condomínio. O ser profissional é indivisível do seu aspecto espiritual. Sou um pai espiritualizado, um empresário espiritualizado, um cozinheiro espiritualizado. Tudo que eu faço com meu corpo, faço com meu espírito. 

Quando essa noção fica clara a gente tem a habilitação para repensar a missão no mundo. E foi aí que comecei a olhar para minha trajetória e não me vi mais com a “licença poética” de empregar minha paixão, profissão e vocação para comunicar qualquer coisa que não seja uma missão transcendental.

A missão ressignifica a sua paixão, profissão e vocação 

Comecei a transição há três anos, encerrando todos os contratos que tinha de assessoria de comunicação e marketing. E eu amava meus clientes e eles me pagavam bem. Mas em respeito à missão que reconheci como propósito, pulei de cabeça antes mesmo da nova unidade de negócio ter capacidade financeira para me pagar. Fui adaptando minha vida ao que era suficiente. Porque quando vem a missão e realinha tudo isso você tem uma força interior que nada te segura!

O Círculo fez três anos (em setembro de 2020) e quando fizer 30 anos estou certo que vou contar essa mesma história. Não me arrependo! Me sinto no epicentro da minha vocação. E para isso não é preciso estar acima, nem abaixo de ninguém, cada um tem seu lugar na roda. Trabalhamos em comunidade. De boa, e no fluxo!

Abraço grande,
Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!

Juliano Pozati

 


Se identificou com a história do Juliano? conta aqui nos comentários se esses quatro aspectos te ajudaram a pensar no seus propósitos. 

 

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