3 dicas para deixar fluir e seguir o seu sentir

Nem sempre a vida vai te dar um olho de tandera, mas se o sentir é forte e genuíno, bote o pé na estrada.

Nem sempre a vida vai te dar um olho de tandera, mas se o seu sentir é forte e genuíno, bote o pé na estrada.

Algumas dicas de realização só a experiência traz. Isso porque há uma diferença entre o saber, sentir e realizar. Às vezes, quando vamos a um evento ou curso, nem é para saber algo novo, mas para ver através dos olhos de outra pessoa uma nova forma de fazer o que já sabemos.

O conhecimento é uma dimensão do nosso ser. Estamos na mente do todo. Somos um só pensamento. Imagine que dentro dessa mente do todo existe uma ideia plena de tudo que você já é.

Nesse plano do todo, se você já é, existe ali sua versão plena, que vai, a conta gotas, sendo canalizada para se manifestar no espaço tempo. Logo, esse projeto de manifestação histórica de quem você é está submetido ao espaço tempo. E a medida da sua evolução é o ritmo com qual realiza o projeto do todo para você.

Porém, a gente vive entorpecido com as coisas da vida. Distraídos das verdadeiras urgências existenciais. Vivendo na famosa Matrix.

Realizar tem a ver com progredir com a consciência desse projeto, na medida em que sua existência se desenrola pelos séculos e milênios. Essa vida é mais um passo de assimilação dessa realidade.

A partir disso, se liga nessas três dicas para o caminho da realização:

  1. Pondere o medo/conselho de outras pessoas com o seu sentir – esse é um bom exercício de assimilação da intuição e do seu saber. Muitas vezes a forma que a pessoa encontra de ajudar é falar da experiência dela. Aceite o carinho e descarte o que não te serve. Honre e respeite a parte boa. Alinhe esse conselho com o seu sentir. E não tome decisões pelo formato de vida de seus pais, avós ou amigos.
  2. Respeite o seu sentir e o siga – existe uma diferença entre a imprudência e a ousadia. Ser ousado significa exercer sua decisão sobre o aspecto da sua análise. O imprudente nem analisa. Mas para ser ousado é preciso conhecer todos os riscos e ter uma ideia de contingência, sem ignorar o lado mais analisador.
  3. Exercite o olho de tandera* que há em você (sua visão além do alcance)– muitas vezes o seu sentir não se explica, não se justifica racionalmente. É intuição. Uma experiência transcendente de sentido.

E aqui trago um exemplo pessoal:

Quando fiz o documentário No Meio de Nós, estava casado e com um filho recém-nascido, portanto, com muitas necessidades financeiras. Eu tinha ganhado um bom dinheiro com um trabalho para o exterior, que seria uma boa reserva. Não estava mais com meu parceiro de documentários, que cuidava da parte técnica, pois estávamos seguindo caminhos profissionais diferentes. Ainda assim, meu sentir dizia que eu tinha que ter a ousadia de fazer aquilo, mesmo que sozinho.

Sempre fui da parte da produção, roteiro e marketing. Não sabia nada da técnica e não tinha equipamentos. Comprei uma mochila e equipamentos compactos que coubessem nela. Eu não sabia porque tinha que fazer, mas sentia que tinha. E fiz com alegria e tesão. Esse documentário me levou a fazer centenas de palestras em todo Brasil e fora dele, gerou um livro e foi importante para a criação do Círculo.

Nem sempre a vida vai te dar um olho de tandera.

Mas se o sentir é forte e genuíno, você tem que botar o pé na estrada. Porque as coisas vão se encadeando. Quem está no fluxo do seu propósito vai encontrar um jeito de encobrir o medo e fazer acontecer. Quem não está, vai encontrar uma desculpa.

Em suma: Dos outros, você acolhe o carinho, não o caminho; Não adianta se apegar a ilusão da posse e o melhor olho de tandera que a vida pode te dar é o tesão.

Abraço grande,

Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!

Juliano Pozati

*referência ao famoso desenho animado da década de 1980, Thundercats, em que o líder Lion possuía uma espada justiceira que permitia que ele enxergasse além do que seus olhos físicos podiam ver.

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