A Semente da Exoconsciência no Brasil

Além do que os olhos físicos podem ver.

Esse artigo é sobre uma aula aberta dessa semana muito especial, pois o tema também é parte da minha história de vida e da história do Círculo como escola filosófica exoconsciente. Talvez nem todos saibam, mas eu fiz uma certa transição de carreira, depois 20 anos como empreendedor no ramo de publicidade e propaganda, onde fui muito feliz e fiz projetos incríveis, para seguir empreendendo, mas nessa missão que é o Círculo.    

Desde 2016 quando a palavra Exoconsciência entrou no meu plano mental em uma noite de meditação, tudo tem ganhado um novo sentido. Exo, prefixo para o que está fora; consciência, essa qualidade da mente humana resumida por alguns filósofos como Descartes, com “penso, logo existo” ou Sócrates, “só sei que nada sei”.  

Se existia exopolítica, exoplanetas, porque não Exoconsciência, uma consciência que está além, orientada para a cooperação cósmica. E foi por meio dessa palavra que cheguei na Dra. Rebecca Hardcastle Wright, professora e terapeuta norte-americana, que fundou o Institute for Exoconsciousness (I-EXO), nos Estados Unidos, e que hoje é minha amiga e professora do curso de Iniciação à Exoconsciência, aqui no Círculo. A Dra. Rebecca também teve a mesma experiência com a palavra Exoconsciência na sua casa, nos EUA. E ela entende, assim como eu, que o ser humano exoconsciente integra e aplica as habilidades de sensopercepção (mediunidade e paranormalidade) na prática do seu dia a dia de maneira produtiva. 

A Ufologia no meu caminho

Quando eu era criança tive um avistamento, junto com o meu avô, uma luz no céu que formava um número oito no ar, mas depois disso toda minha vida foi mais ligada a espiritualidade e filosofia, de tentar enxergar além do que todo mundo vê. Estamos em momento histórico entorpecidos pela quantidade de informações que chegam a nós de forma frenética pela internet, mas incapacitados de compreender e enxergar além daquilo que todo mundo vê. Estamos vendo muito mais do que já vimos nos últimos séculos, mas entendendo muito menos o que vemos. A quantidade cada vez mais é defendida em detrimento da qualidade.

Eu me envolvi um pouco com Ufologia há alguns anos como documentarista e então entendi que havia uma separação no movimento ufológico no Brasil, entre o que é fenômeno casuístico, que pode ser investigado do ponto de vista científico com evidências materiais, dos fenômenos mais esotéricos, que unem ufologia e espiritualidade. E percebi que essa parte mais material não fazia sentido para minha experiência, pois toda minha história é ligada a espiritualidade, em ver e sentir não necessariamente com os olhos físicos.

Também observei que algumas pessoas tinham uma certa frustração quando participavam dos eventos ufológicos, pois estudam sempre os mesmo casos e/ou avistamentos. Mas a questão não é ver, porque todo mundo está vendo, a questão é pensar o que ninguém pensou, parafraseando Arthur Schopenhauer.

Os documentários e o General das estrelas

Quando eu estava produzindo os documentários Data Limite, segundo Chico Xavier (2014) e No meio de Nós (2016), em especial no período de divulgação dos trabalhos, entrei num processo de retomada da minha mediunidade e intuição, que havia ficado de lado por alguns anos. Muitos médiuns começaram a me perguntar quem era o senhor desencarnado que me acompanhava. Um dia numa palestra feita no Sul do Brasil, o médium Zé de Araújo me ajudou a descobrir que o senhor era o General Alfredo Moacyr Uchôa e que ele estava muito interessado no meu trabalho. 

Eu conhecia o Gen. Paulo Uchôa, filho dele, que entrevistei para o documentário Data Limite. Fiz contato com ele e comecei a ler os livros do Gen. Uchôa. E, na sequência, começaram os contatos mediúnicos com ele. 

O General Uchôa nasceu em 1906 (Alagoas) e desencarnou em 1996 (Brasília). É reconhecido como um sério parapsicólogo e pesquisador de fenômenos paranormais, com um vasto conhecimento da Teosofia e especialmente da Ufologia. Foi engenheiro geógrafo e civil, oficial de engenharia do Exército Brasileiro e professor de cálculo vetorial e mecânica racional.

Em Brasília, ele criou um grupo de estudos parapsicológicos e fazia pesquisas numa fazenda, em Alexânia, onde tinha encontros e contatos com seres extraterrestres. Lá, ele teve contato com o Mestre Morya, da Fraternidade Branca, mesmo mestre que educou Helena Blavatsky. Mestre Morya disse ao General Uchôa: 

“Você tem a missão de estudar, pesquisar, escrever livros sobre o que acontece aqui, e divulgar. E não tenha medo, pois estarei sempre com você”.

Trilhando o caminho da sintonia 

A cada vigília do grupo na fazenda de Alexânia a primeira atividade era uma sintonia. Para o Gen. Uchôa, sintonia não era rezar, mas encontrar com o grupo uma mesma predisposição mental, um compromisso para que o foco e o objetivo fossem o mesmo. Essas vigílias tiveram a participação também de pessoas de destaque da sociedade de Brasília na época, como médicos, juízes, militares e até imprensa. 

Uma das primeiras coisas que começaram a acontecer foram os contatos telepáticos, que começavam com um zunido no ouvido das pessoas, e depois vinham mensagens do horário em que seriam feitas as demonstrações por partes das luzes no céu. Apenas mais tarde o contato evoluiu para canalizações. Destaco aqui que estamos falando da década de 1960 no Brasil, e de um professor de mecânica racional que viveu conflitos internos muito profundos em falar de tudo isso abertamente.

Os documentos de Alexânia

E foi durante um banho de 2016 que uma frase atravessou meu plano mental:

“Você precisa falar com o Paulo sobre os documentos de Alexânia que estão na nossa casa”.

Procurei o Gen. Paulo, em Brasília, e então ele mostrou uma enorme quantidade de material que a família guardava com fitas K7 com canalizações, palestras gravadas, recortes de jornal, desenhos, psicografias, além de cartazes do primeiro Congresso de Internacional de Ufologia que ele realizou em Brasília com convidados de renome mundial na Ufologia. 

E a família Uchôa confiou ao Círculo todo o Acervo do General. 

Começamos a receber esse arquivo em 2016, a organizar, catalogar, recuperar os documentos, as fitas k7 começaram a ser recuperadas, transcritas e digitalizadas. Agora, neste ano de 2021, contratamos uma historiadora especialista em manutenção de arquivos para conservar essa memória e disponibilizar ao público. 

General Uchôa é um marco e o início da Exoconsciência no Brasil. Ele foi a semente porque ele abriu picada no meio de uma selva de desconhecimento. Com alegria e orgulho convido todos a acompanhar esse trabalho do Acervo do General Uchôa, no site do Círculo, de forma aberta e gratuita. É um trabalho vivo que está sendo alimentado assim que os documentos passam por todo um processo de preparação. Estou certo que é uma mina de ouro não apenas para amantes ou interessados no tema de ufologia, mas em especial para pesquisadores, acadêmicos e jornalistas. Eu não tenho dúvidas em dizer que General Uchôa influenciou a ufologia mundial com suas pesquisas, o acervo tem evidências disso. 

ACESSE O ACERVO DO GENERAL UCHÔA:


ASSISTA A AULA ABERTA SOBRE O TEMA EM VIDEO

2 respostas

  1. Resposta? UAU ! Estou impactada ainda por tudo que ouvi! Amei! Mesmo não me percebendo nenhuma capacidade de me conectar com qualquer ser interdimensional de forma ostensiva, eu creio e vivo dentro de tudo isso.
    Juliano, em tudo que leio em livros espíritas, não há qualquer relato de contato entre seres de outros planetas no plano espiritual, Isso é evitado pelos espíritas para não causar rejeição entre os dogmáticos? Mesmo o Dr. Inácio Ferreira, em seus livros “atrevidos” cita algo assim…
    Seria para evitar controvérsias?

    1. Ola Marisa, não possível afirmar sobre o motivo de pouco se falar sobre a vida fora da Terra, mas tanto Allan Kardec, na Revista Espirita, do século XIX, falou sobre “a pluralidade dos mundos habitados”; como Chico Xavier, em seu primeiro livro publicado, de 1935 (Cartas de uma morta), falou de seres de Saturno. Mas talvez apenas agora estejamos mais preparados para tal assunto. abraço

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