Mediunidade, um passo antes da Exoconsciência

Não há nada a temer. O transcendental nos habita.

Nasci em berço católico tradicional e, aos nove anos, já participava da roda de terço na casa da minha avó. Na adolescência, participei da Renovação Carismática Católica, onde vi e vivi muitos fenômenos de cura, falar em línguas, profecias, tudo com a roupagem do dogma. E quando saí da igreja, foi porque o dogma não fazia mais sentido para mim. Também não sou espírita (doutrina com base em Allan Kardec muito difundida no Brasil). Quem me acompanha sabe que falo muito de mediunidade prática e abro o caminho do entendimento da Exoconsciência. Sou um livre pensador espiritualizado, como dizia o jornalista Saulo Gomes, com quem tive o privilégio de conviver..

Hoje, entendo a mediunidade como uma habilidade natural do ser humano, parte do nosso aparelho físico. Essa ressignificação começou quando eu estava produzindo o documentário Data Limite, segundo Chico Xavier (2015), quando voltaram a acontecer comigo muitos fenômenos de interação multidimensional que eu havia vivido na minha adolescência, mas agora fora do ambiente religioso. Porém, acredito que os modelos que muitas religiões e/ou doutrinas espiritualistas utilizam, de que precisamos frequentar um lugar toda semana, praticar apenas em um dia, local e hora específicos, sob a orientação de um guia, não atende ao atual momento da humanidade, muito menos a todas as pessoas, simplesmente porque são diferentes entre si.

Estamos vivendo uma eclosão da mediunidade, só que está eclodindo na forma de doenças psicológicas, psicossomáticas e psiquiátricas, por falta de conhecimento. A maior dor do ser humano é a dor do não saber. Não saber o que está acontecendo consigo mesmo. Por isso, considero que falar mais abertamente sobre mediunidade e tratá-la com um viés de autonomia é urgente para nosso tempo. E, para tal, podemos recorrer a muitos textos de diferentes tradições reencarnacionistas. No Brasil, Chico Xavier ainda é o maior expoente dessa temática, e considero sua obra universal.

Precisamos ter mais autonomia, sempre com muito autoconhecimento, estudo e responsabilidade, e com foco na prática do bem. Só assim vamos aprender a discernir o que é uma telepatia, clarividência ou clariaudiência de questões do inconsciente, por exemplo. Entender o que é seu e o que está vindo de outras dimensões. Aprender a sentir se a energia é de luz, conhecer os sinais do seu corpo e mente.

E isso nada tem a ver com a arrogância de “eu me basto”. Mas com confiança na própria experiência e a maturidade de compartilhar com outras pessoas o que se descobriu em seu caminho. E compartilhar não é pedir validação, é para melhor discernir e confrontar a informação, amadurecer o conhecimento a partir da interação e da partilha.

Precisamos abrir o leito do rio onde deverá correr a Exoconsciência na nova Terra. Fomentar e impulsionar o desenvolvimento de livres pensadores espiritualizados através da integração de ferramentas práticas de interação multidimensional, visando a cocriação Exoconsciente em prol da melhoria da condição humana terrestre.

E qual a diferença entre mediunidade e Exoconsciência?

A mediunidade foi muito concebida no ambiente religioso e, muitas vezes, não se traduzia em cocriação de coisas práticas e efetivas para a melhoria da condição da vida terrestre. Limitava-se a uma expressão religiosa de credo, submissa ao paradigma culto-clero-dia-templo. A mediunidade está um passo antes da Exoconsciência. Gradualmente, o contato com seres multidimensionais se integra com uma definição de Identidade/Self/Eu Superior, até que a pessoa se identifique com a consciência cósmica. Nesses casos, o compartilhar da consciência, o contato, a comunicação e a cocriação definem sua visão de mundo e suas atitudes na vida.

Pessoas Exoconscientes entendem que o contato com outros seres e humanidades do Universo, de inconsciente e/ou desconhecido, passa a estar integrado à consciência, de forma contínua e direta. Essa comunicação proporciona transformações físicas, psicológicas, espirituais e de visão do mundo.

Não há nada a temer. O transcendental nos habita. Eu moro dentro do Deus que mora dentro de mim. Somos o templo e o divino. Por isso, precisamos estudar e gerar em nós as condições para sermos livres pensadores espiritualizados.

Se quiser saber mais, te convido a acessar o curso aberto no YouTube do Círculo “Mediunidade com Autonomia”. São dezenas de aulas em vídeo com material complementar em texto e exercícios práticos em áudio para avançar no conhecimento de forma prática, onde e quando você decidir que quer! Basta clicar aqui para acessar a playlist.

Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!

Juliano Pozati


2 respostas

  1. Juliano Pozati, em sua feliz abordagem sobre a mediunidade, explicou para muitos, que á distância, formalizam ideias pré-estabelecidas em crenças, e dogmas, o que realmente penso sobre o tema. Não poderia eu, (sensitiva desde os 5 anos, apenas há 42 anos estudando, hoje tenho 66, digo apenas, pois deste tema nunca terminaremos de estudar…), fazer melhor. Parabéns, Juliano!!!! Gratidão…

  2. Fala Juliano, cara para mim demorou um tempo entender esse conceito da aplicabilidade diária da exoconsciência. O meu primeiro contato com seres multidimensionais exoconscientes foi em 1990, quando fiquei ciente de suas existências. Entretando, me demorou 32 anos para começar a entender. Acho que o turning point para mim foi entender, ou melhor me convencer depois de ouvir muitos depoimentos , palestras e cursos como você viabiliza através dos portais do Circulo, que é realmente uma coisa normal em mim/ nós. Aos poucos fui vendo esses contatos não como uma “benção” ou uma recompensa/ afago desses seres com quem me comunico, que eles não seres superiores que devemos idolatrar, mas sim apenas seres. E esse foi um fator essencial para eu normalizar a experiência do contato, e conaeguir vê-lo como algo normal, entre amigos. O que permitiu que a minha ” mediunidade” fluisse e fosse aplicada de forma rotineira em várias areaa, partes da minja vida cotidiana. Por exemplo em contato com seres multidensionais não humanos, energização de refeições, downloads, estando muito mais sintonizado comigo e com o todo/ tudo. Em resumo, em continua comunhão, colaboraçâo w sintonia.
    I am onw, with the one that is all.
    Abraçoa

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