Uma nova abordagem para o desenvolvimento humano

A abordagem que acredito e que trabalho é a de pontos fortes.

A abordagem que acredito e que trabalho é a de pontos fortes.

Será que a forma como estamos fazendo para se desenvolver e atingir a excelência é o mais produtivo para realizar nosso potencial de boa no fluxo?

Esta é uma problemática bem interessante nos dias atuais. Estamos vindo, enquanto sociedade, de uma cultura educacional baseada no modelo Industrial.  Isso não foi à toa, pois até o início da Revolução Industrial a educação era privilégio de alguns poucos nobres e do clero. Com a demanda das indústrias por mão de obra, a educação começa a se popularizar e se tornar uma necessidade da base, afinal, os operários das linhas de montagem precisavam ter algum conhecimento.

A educação foi, portanto, voltada e montada para suprir e atender essa cultura Industrial: crianças uma atrás da outra, separação por idade, por disciplina, seres humanos foram colocados em linha de montagem. O tempo passa e o jeito de pensar a educação começa a mudar.

O fato é que ainda temos muito forte dentro de nós identificar o que precisamos melhorar. E isso permeia as empresas. Isso porque numa linha de montagem é assim, você foca no que está dando errado, e o que está dando certo você só repete, repete. Mas o ser humano não é uma engrenagem. Ou seja, trabalhamos com o mote: mantenha pontos fortes e melhore pontos fracos.

Dai vem o segundo mito:

“Quase todos os comportamentos, senão todos, podem ser aprendidos”.

Ou seja, cria-se um modelo de ser humano (de peça) para encaixar nas empresas e na sociedade, impondo uma medida de comportamento, um padrão, todos chegam num padrão de média.

Outra coisa que se reza no mercado é:

“Os melhores numa função têm o mesmo comportamento”.

E então vem as listas como “Os dez comportamentos de líderes de sucesso”, e você olha a lista e não tem nenhum daqueles comportamentos e se sente muito mal. Passamos a maior parte do tempo tentando ser quem não somos, o que não corresponde a nossa natureza. Essa abordagem gera frustração. A questão é que o foco está errado.

A abordagem de pontos fortes

A abordagem que acredito e que trabalho é a de pontos fortes. Primeiro eu identificar os talentos naturais, que são padrões e forças que existem dentro de nós e se expressam através de pensamentos, sentimentos e comportamentos. E então canalizar essas forças naturais no sentido de objetivos específicos para desempenhar resultados extraordinários. Depois, vem com o investimento com foco intencional para o desenvolvimento desses talentos naturais, pontos fortes únicos e que tem a ver com a singularidade de cada ser humano. E seus pontos fracos serão apenas gerenciados.

A nossa cultura privilegia a média, e não o extraordinário, mas o extraordinário só acontece quando focamos naquilo que fazemos bem naturalmente.

Não se compara perfil de comportamento

Você vai extraordinário no que se propõe a fazer olhando para seus talentos e seguindo essa força interior que te orienta, te dá prazer, tesão, que te põe no fluxo e dá vislumbres de excelência e uma satisfação tremenda.

Não existe um perfil de comportamento e uma atitude que seja melhor do que o outro, apenas existem jeitos diferentes de chegar no mesmo resultado. Somos sete bilhões de seres humanos completamente diferentes. Como que uma única religião, um único jeito de ganhar dinheiro, uma única forma de estudar, um único jeito de fazer qualquer coisa pode servir para sete bilhões de pessoas?

Precisamos repensar nossa educação e a forma como olhamos para nós. Você já tirou um tempo para perceber aquilo que flui naturalmente nas suas atividades? Aquilo que você faz que todo mundo fala, cara, você é muito bom isso!

Todos nós temos talentos extraordinários que podem vir à luz da nossa consciência e reorientar nossas atitudes todos os dias.

Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!

Juliano Pozati


Assista em vídeo no Canal do Juliano Pozati:

Leia também o primeiro artigo dessa série sobre pontos fortes:

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